quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vou chegando aos poucos.

É manhã de um dia ventoso. Poderia ser uma tarde ou um tempo meu, fora do relógio. Faço desse espaço um lugar de contar o que imagino, crio e admiro nesse mundo plástico para ser feito belo ou feio, dependendo das mãos que o atacam. Sou caipira confesso e de nascença. Se não o fosse de “parimento” o seria por conversão. Talvez. Porque sou também amante das cidades grandes e manchadas de poluição, desvario e solidão. Vejo beleza nos congestionamentos e poesia forte no estresse das pessoas presas na pressa coletiva. Gostaria de escrever, o que já faço em modo de ensaio para fazê-lo de vera. Sou hortelão compulsivo. Gosto de bichos. A Julieta deita metade no computador metade nos livros na mesa. A Isis se esparrama no chão. Os gatos são meus donos de preferência. Sou possuído por eles com prazer apesar da exploração sistemática. Os livros disputam, com chances consideráveis, esse domínio felino. Desse equilíbrio retiro estímulo para algo, não tenho que dizer o que, pois também não sei. No tempo formal contam para mim 49 anos de idade. No meu tempo, às vezes sou “aborrecente”, noutras caduco deliciosamente e, quando me convém, volto ao ventre da Mãe. Filosofo mediocremente para sobreviver. A excelência é perigosa e traz desconforto. Não gosto de nada que me tire de casa e me exponha. Prefiro o humanamente possível ao politicamente correto. Sou devoto da vida. Gente sem rótulos que eu veja os que não vejo, vão ficando. Tenho alguns preconceitos do gasto. Não dou conta de gente certa demais, do tão alardeado "cidadão de bem". Ainda bem que nunca vi um!!De tudo, prefiro o conforto do caminho do meio, as beiradas me dão vertigem!Amo a alguns, tento respeitar os demais. Bem, aos poucos e devagar, para não cansar, irei falando mais de mim e do que penso. Alerto desde já que sou fã das contradições e incoerências. Todos e todas são bem-vindos!

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